KYC – Guia completo de Know Your Customer: identifique, verifique e evolua

Você sabe quem está do outro lado da tela ao abrir uma conta ou fechar uma parceria? Essa resposta define risco, custo e experiência. Seu time precisa equilibrar prevenção à fraude, exigências regulatórias e usabilidade. Aqui você encontra um guia aplicável de KYC para pessoas jurídicas e beneficiários finais, com fluxos por risco, tecnologia certa […]

KYC

Você sabe quem está do outro lado da tela ao abrir uma conta ou fechar uma parceria? Essa resposta define risco, custo e experiência. Seu time precisa equilibrar prevenção à fraude, exigências regulatórias e usabilidade.

Aqui você encontra um guia aplicável de KYC para pessoas jurídicas e beneficiários finais, com fluxos por risco, tecnologia certa em cada etapa e métricas de gestão.

A pergunta que importa

Como validar quem está do outro lado com segurança e escala. Identidade sintética, contas de aluguel e empresas de fachada exploram brechas no cadastro.

O caminho é ajustar esforço ao risco, reduzir atrito para bons clientes e elevar o crivo quando os sinais pedem atenção. Esse equilíbrio nasce de uma jornada bem desenhada, presença verificada e esteiras de decisão transparentes.

O que é KYC e como ele sustenta a confiança digital

KYC é o processo que empresas usam para verificar a identidade de clientes, garantindo segurança e conformidade com leis contra fraudes. A sigla vem de “Know Your Customer” e é comum em instituições financeiras e digitais que precisam validar quem está por trás de cada transação.

Em pessoa jurídica, não basta olhar o CNPJ. É preciso confirmar representantes, poderes de assinatura e quem controla de fato como beneficiário final.

Na prática, KYC moderno funciona em três camadas. Primeiro, a identificação, com coleta de dados e documentos. Depois, a verificação, que checa autenticidade com OCR, documentoscopia e biometria com prova de vida.

Por fim, o monitoramento contínuo, que detecta mudanças cadastrais, comportamentais e societárias ao longo do ciclo de vida. KYC conversa com KYB e CDD, e se integra a políticas de PLD com trilhas auditáveis e revisões periódicas.

O objetivo é claro. Formar uma visão confiável, aprovar bons clientes com segurança e manter essa confiança a cada interação.

Por que KYC é vital

Sem desenho correto, passam cadastros fictícios, representantes sem mandato e controladores ocultos. O impacto atinge perdas, reputação e auditorias.

KYC precisa ser contínuo. Inclua revisões por tempo e por evento, como mudanças societárias ou comportamento fora do padrão. Assim a operação cresce com controle e previsibilidade.

Princiapis diretrizes operaionais de KYC

Aplique esforço proporcional ao risco. Segmente por setor, porte e atividade para reduzir fricção onde não é necessária. Garanta etapas mínimas que contemplem validação de CNPJ, análise de documentos societários, comprovação de poderes de representação e identificação do beneficiário final.

Monitore eventos anômalos e mantenha evidências com logs e rastreabilidade de ponta a ponta. Isso facilita auditorias e protege decisões.

LGPD no KYC

Base legal. KYC envolve dados pessoais e, muitas vezes, dados sensíveis. Para dados pessoais, as bases mais usadas são obrigação legal e regulatória, execução de contrato e legítimo interesse com teste de balanceamento.

Para dados biométricos, a LGPD permite tratamento para prevenção à fraude e segurança do titular em processos de identificação e autenticação em sistemas eletrônicos, sem exigir consentimento específico quando essa é a finalidade.

Princípios. Explique o propósito, colete somente o necessário, mantenha transparência sobre etapas e prazos de retenção, aplique controles de segurança e registre evidências que comprovem conformidade.

Direitos do titular. Disponibilize canais para acesso e correção de dados, informação sobre compartilhamentos e revisão de decisões automatizadas quando aplicável. Estabeleça SLA e trilha de atendimento.

DPIA e governança. Para fluxos de alto risco, produza Relatório de Impacto à Proteção de Dados, nomeie o Encarregado e publique o canal. Versione políticas e mantenha inventário de tratamentos.

Retenção e descarte. Defina prazos por categoria de dado. Mantenha o que a lei exige ou para defesa em processos. Faça descarte seguro ao fim do prazo e registre acessos.

Compartilhamento e transferências. Formalize operadores, cláusulas de segurança e auditoria. Em transferências internacionais, use salvaguardas adequadas.
Boas práticas de biometria.

Separe a base biométrica, criptografe dados, teste continuamente contra ataques de apresentação, rode chaves, audite periodicamente e retenha somente o necessário.

Fluxo de KYC eficaz

Comece por uma coleta estruturada que comprove vínculos e mandatos. Verifique documentos com tipificação, OCR e documentoscopia, extraindo dados e comparando fontes.

Use biometria facial no representante, com face match contra o documento e prova de vida para bloquear foto, vídeo e deepfake. O tipo de liveness deve seguir o risco.

Ativo em ações sensíveis, passivo em baixo risco e híbrido quando busca robustez com atrito controlado.

Classifique o risco em um score e defina esteiras de aprovação, revisão ou reprovação com base em sinais objetivos. Feche o circuito com monitoramento contínuo, SLAs, segregação de funções e controles de exceção.

Lacunas operacionais e como resolver

Beneficiário final e poderes de representação merecem atenção desde o início. Identifique quem controla de fato e comprove poderes de assinatura. Amarre essas evidências à decisão para evitar aprovações sem mandato.

Outro ponto é a presença real. Selfie sem prova de vida abre porta para spoofing. Ajuste liveness por risco e mantenha captura guiada para reduzir falhas.

Sem score e motivos claros, a revisão trava. Registre o porquê de cada falso positivo, transforme o aprendizado em regra e diminua filas.

Métricas precisam guiar mudanças. Acompanhe aprovação na primeira tentativa, tempo de onboarding, abandono, fraudes por cluster e cadastros revisados no prazo.

Com esses dados, você remove atrito onde não há risco e sobe o nível onde há exposição.

Prevenção de risco no KYC

Risco baixo pede leveza. Risco alto exige rigor. Construa um score que combine dados cadastrais, biometria e comportamento.

Procure sinais de identidade sintética e redes coordenadas como dispositivos compartilhados e endereços repetidos.

Cruze listas internas e externas e registre a regra aplicada com o respectivo motivo. Quando reprovar por captura ruim ou dado desatualizado, ofereça retry guiado com instruções simples e limite de tentativas.

Em ações críticas como PIX, pagamentos e alterações sensíveis, peça autenticação biométrica quando o risco subir.

Erros que derrubam conversão

Evite tratar todo cadastro como alto risco. Não use selfie sem prova de vida. Não negue sem oferecer nova tentativa quando o problema é captura ou dado vencido.

Diferencie representante de beneficiário final. Não aplique o mesmo fluxo a todos os CNAEs. Registre evidências sempre.

KPIs que importam

Acompanhe aprovação na primeira tentativa e tempo de onboarding. Meça abandono, revisões e tempo de fila. Observe reincidência por cluster, cadastros revisados no prazo e conversão por perfil de risco.

Use essas métricas para ajustar regras, dimensionar equipe e evoluir modelos.

Agende uma demonstração

Biometria facial com a credibilidade de quem é pioneiro
Descubra como a Oiti pode apoiar sua operação com mais agilidade e confiança

Fale com o comercial

Checklist prático

• Política de risco por setor, porte e atividade
• Jornada mapeada para pessoa jurídica e beneficiário final
• OCR, documentoscopia, face match e liveness por etapa
• Score com esteiras automatizadas e motivos de decisão
• Integração com sinais internos e externos de fraude
• Logs e evidências auditáveis disponíveis
• Monitoramento por tempo e por evento
• SLAs e critérios de exceção publicados
• KPIs por coorte com plano de ação

Como a Oiti apoia o KYC

A Oiti entrega identificação e autenticação biométrica via API modular, com orquestração por risco. A solução certiface ID reúne verificação documental, face match e prova de vida no onboarding.

A solução certiface AT autentica ações críticas como pagamentos, PIX, habilitação de dispositivo, atualização de senha e alterações cadastrais com baixo atrito. A operação escala com lastro.

O Bureau de Faces soma mais de 100 milhões de identidades únicas , com 99% de disponibilidade. Já evitou mais de R$10 bilhões em fraudes. Esses números reduzem revisão manual e preservam conversão quando o volume cresce.

Conclusão

KYC funciona quando conecta três pilares. Fluxos por risco tratam organização, representante e beneficiário final com a profundidade certa.

Tecnologia garante presença e vínculo com verificação documental, biometria e prova de vida.

Governança fecha o ciclo com métricas, logs e revisões por tempo e por evento. Este guia entrega um caminho direto para transformar política em operação, reduzir falsos positivos, diminuir retrabalho e manter a conversão saudável.

FAQ

Qual a diferença entre KYC e KYB?

KYC identifica e verifica pessoas. KYB aprofunda a pessoa jurídica. Estrutura societária, atividade, beneficiário final e poderes de representação.

Em fluxos corporativos, os dois caminham juntos.

Quando pedir prova de vida ativa, passiva ou híbrida?

Risco baixo pede liveness passivo. Risco alto e ações sensíveis pedem ativo. Híbrido equilibra robustez e experiência quando o volume cresce.

Regra simples, risco sobe, liveness sobe.

Como evitar falsos positivos sem abrir brecha?

Registre o motivo de cada reprovação. Alimente um score com variáveis biométricas, cadastrais e comportamentais.

Teste mudanças em coortes pequenas. Remova atrito onde o risco é baixo e concentre rigor onde o risco aparece.

O que medir para saber se o KYC funciona?

Quatro leituras te dão direção. Aprovação na primeira tentativa. Tempo de onboarding.

Falsos positivos por motivo. Casos em revisão e tempo de fila. Some fraudes por cluster e cadastros revisados no prazo. Decida com dados, não com sensação.

Como lidar com reprovação por erro de captura ou dado vencido?

Ofereça retry guiado. Explique o que corrigir. Mostre exemplo de foto válida. Limite tentativas para evitar looping. Isso salva bons cadastros e reduz chamados.

Como tratar representante legal e beneficiário final na prática?

Exija documentos que provem poderes. Busque o beneficiário final em fontes oficiais. Amarre essas evidências à decisão. Sem isso, você aprova quem não tem mandato.

Como encaixar KYC em sistemas legados?

Orquestre por API e por perfil de risco. Comece pelos pontos de maior perda. Onboarding e autorizações sensíveis. Evolua por ondas, sempre medindo impacto.

Descubra como reduzir fraude sem perder conversão. Entre em contato e agende uma demonstração.

    Compartilhe
    Navegue

      Leia Também

      Biometria Facial CertiFace

      O que é biometria facial, como funciona e por que...

      Você já reparou como o desbloqueio por rosto no celular, a abertura de uma conta bancária, saque de ganhos, a solicitação de crédito ou até o check-in em aeroportos parecem acontecer de forma quase mágica? Por trás dessa simplicidade, no...

      Continuar lendo
      Transações pelo celular

      Uso de celular em transações financeiras cresce no Brasil

      Estudo da Kantar Ibope Media revela novos dados sobre o uso de celulares Com informações do Monitor Mercantil Os dados são da 25ª edição do Data Stories, conteúdo temático lançado mensalmente pela Kantar Ibope Media revelaram que, atualmente, 87% dos...

      Continuar lendo
      Fraudes black friday

      Fraudes Black Friday: como identificar e se proteger

      Final de ano é importante para os comerciantes, mas gera oportunidades também para os golpistas. Confira as principais dicas de como evitar fraudes na Black Friday. Com o fim de ano chegando, e os e-commerces já começam a se preocupar...

      Continuar lendo