Deepfake: o que é e porque se preocupar com isso

Com esse tipo de tecnologia, criminosos podem simular a identidade de pessoas totalmente idôneas para burlar sistemas de segurança digital e conseguir vantagens financeiras

Postado por Oiti 13/10/22 às 18:07
Deepfake: o que é e porque se preocupar com isso

O que você faria se descobrisse um vídeo deepfake com o seu rosto circulando por aí, com a sua voz, falando coisas que você provavelmente nunca diria?

Com esse tipo de tecnologia, criminosos podem simular a identidade de pessoas totalmente idôneas para burlar sistemas de segurança digital e conseguir vantagens financeiras, tais como aberturas de conta, empréstimos, transferências bancárias, entre outras.

Neste artigo vamos explicar o que é Deepfake, qual o significado da palavra e o que fazer para não cair em golpes do gênero.

O que é Deepfake e qual o significado da palavra?

O termo Deepfake surgiu pela primeira vez em dezembro de 2017 na rede Reddit, em uma publicação de um usuário da plataforma, que continha vídeos falsos de celebridades famosas, tais como Emma Watson e Emma Stone.

A origem da palavra vem da língua inglesa, da junção dos termos Deep (aprofundado) e Fake (falso), derivado da expressão Deep Learning (aprendizagem aprofundada). O Deep learning é um tipo de inteligência artificial que usa várias camadas de algoritmos para ensinar maquinas a extrair recursos de dados brutos com alta performance e de forma progressiva.

Dessa forma, no Deepfake, o computador extrai, compila e reconstrói determinado rosto. É possível replicar como ele se mexe, como reage à luz, sombra, aprendendo as características do “rosto A” para colocar, em outro vídeo, por cima do “rosto B”. Isso acontece através da simulação dos movimentos labiais, expressões e outros detalhes de forma bem convincente na maioria dos casos.

Como funciona o Deefake?

Com o uso de Deep Learning, a Inteligência Artificial consegue coletar dados não estruturados como o rosto humano, por exemplo, e processá-los por meio de uma Redes Adversárias Generativas, que são pares de sistemas de IA treinados para cumprir tarefas com mais agilidade do que um único sistema.

As redes testam as imagens criadas usando esse conjunto de dados para fazer com que o produto se torne cada vez mais consistente e convincentes, mas as falsificações não são possíveis apenas com vídeos. Há outros tipos de deepfake, tais como os de texto, onde maquinas escrevem de maneira automática usando IA e até Deepfakes em tempo real, onde é possível mudar rostos em transmissões ao vivo.

Deep Tom Cruise e o Tik Tok

Um dos exemplos mais famosos do uso da tecnologia vem das redes sociais. No início de 2021, vídeos com o uso do rosto do astro Tom Cruise começaram a viralizar no Tik Tok. Neles, a personagem “Deep Tom Cruise” aparece fazendo coisas do dia a dia, tais como passear no parque, provar roupas em lojas e até cantar música country. Os vídeos eram gerados usando a imagem de um sósia, o ator Miles Fisher.

A brincadeira deu tão certo que o artista de efeitos visuais Chris Umé, responsável pelos vídeos, criou a empresa Metaphysic para fazer anúncios publicitários e até restaurar filmes antigos.

Como diferenciar um Deepfake do que é real?

O fator mais importante a considerar quando você suspeitar de um vídeo e se atentar ao rosto da pessoa. Olhe as características da pele, dos olhos, sobrancelhas e boca, por exemplo. Assista o vídeo mais de uma vez e em velocidades diferentes para identificar falhas como um piscar lento de olhos, uma pele excessivamente lisa ou “pixelada”.

Vale pesquisar também mais sobre a origem do conteúdo recebido, seja em vídeo ou áudio. Busque referências e notícias sobre o assunto ou sobre a pessoa no vídeo na internet para encontrar outras versões do arquivo.

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Os perigos da má utilização do Deepfake

Se mal utilizada, a tecnologia pode causar graves prejuízos financeiros, tanto em pessoas físicas quanto empresas de todos os portes, já que a tecnologia pode colocar discursos arbitrários e até de ódio na boca de pessoas influentes, como políticos, celebridades, influenciadores digitais, entre outros.

Entre seus maus usos estão:

  • Autenticação: a manipulação da verificação de identidade biométrica facial ou de voz para acessar sistemas, dados e recursos financeiros;

  • Extorsão: golpistas usam Deepfakes como forma de chantagem para a liberação de acesso a sistemas corporativos, dados de inteligência sigilosos e pedidos de depósitos de grandes somas em dinheiro;

  • Crise de reputação: uso para prejudicar a reputação de uma empresa e/ou seus funcionários junto aos clientes e outras partes interessadas;

  • Fraude fantasma: uso dados e imagem de uma pessoa falecida para acessar serviços on-line ou solicitar cartões de crédito ou empréstimos;

  • Fraude de identidade: extração de dados e criação de perfis para solicitar cartões de crédito ou para realizar grandes transações;

  • Fraude financeira: uso de identidades roubadas ou falsas para abrir novas contas bancárias. O criminoso, então, maximiza os cartões de crédito e empréstimos associados.  

Como proteger a sua operação de deepfakes?

Se o seu produto ou empresa solicita dos usuários de etapas de envio de foto ou vídeo para identificação, autenticação ou validação de identidade, todo cuidado é pouco com esse tipo de fraude.

Usar soluções de reconhecimento facial, tais como o Liveness, que é a tecnologia de detecção de vivacidade em biometria, são essenciais para combater ataques de falsificação biométrica com o uso de deepfake e até mesmo reproduções de foto de foto, foto de vídeo, entre outras.

Com a “prova de vida”, é possível verificar se a fonte da imagem está viva e presente no momento da captura ou se é uma reprodução, por exemplo: foto de foto, foto de vídeo, deepfake etc. Com o Liveness Detection do Certiface, este processo pode ser realizado por quatro métodos: Ativo, passivo, híbrido ou 3D, que é ainda mais eficaz para evitar ameaças como essa.

O que é o Liveness 3D?

É um SDK para detecção da prova de vida de usuários em três verificações: identificação de vivacidade, reconhecimento facial utilizando tecnologia 3D e a autenticação da identidade.

Como funciona?

A solução utiliza algoritmos para detecção de distorções e alterações da face através de uma tecnologia 3D. Após a captura, é gerado um mapa tridimensional que mede a profundidade da face, a textura da pele e o reflexo dos olhos. Em poucos segundos esse SDK é capaz de processar mais de 100 quadros de vídeo e realizar engenharia reversa de um mapa da face.

O que é o Certiface ID?

O Certiface é a solução completa para processos de identificação e onboarding de pessoas.

Esta solução contempla em uma API a integração de componentes e ferramentas mais seguras para certificação da identidade de uma pessoa a partir de uma imagem frontal da face, dados mínimos (CPF, Nome e Data de Nascimento) e imagem do documento de identificação (RG, CNH, DNI).

  • Liveness Detection: detecção de vivacidade em biometria;
  • Bureau de Faces: identificação de pessoas em cadastro biométrico;
  • Captura e Tipificação de Documentos: crítica da aceitação e tipificação de documentos de identificação;
  • Extração de Dados via OCR: extração de dados dos documentos de identificação;
  • FaceMatch: validação do portador do documento de identificação;
  • Documentoscopia Digital: autenticação do documento de identificação.

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