Lei nº 14.790/2023: o impacto nas apostas de quota fixa e a prevenção de fraudes no setor

O mercado de apostas no Brasil continua a crescer, especialmente com a regulamentação de novas modalidades, como as apostas de quota fixa. Recentemente, a aprovação da Lei nº 14.790/2023 trouxe um conjunto de medidas para garantir a integridade e a transparência nas apostas, impactando diretamente os operadores e apostadores.

Postado por Oiti 26/09/24 às 12:35
Lei nº 14.790/2023: o impacto nas apostas de quota fixa e a prevenção de fraudes no setor

Um dos maiores desafios enfrentados pelo setor é o combate às fraudes, e as disposições dessa lei oferecem um arcabouço legal robusto para enfrentar essas ameaças. 

Neste artigo, vamos explorar como a Lei nº 14.790/2023 afeta as apostas de quota fixa e de que forma suas diretrizes são estratégicas para a prevenção de fraudes, garantindo um ambiente mais seguro para todos os envolvidos. 

1. Transparência nas apostas de quota fixa 

A Lei nº 14.790/2023 introduz a modalidade de apostas de quota fixa, em que o apostador sabe de antemão quanto pode ganhar com base em seu prognóstico.  

Essa transparência evita práticas fraudulentas. Diferente de outras modalidades, onde o cálculo dos ganhos pode ser incerto, a aposta de quota fixa elimina ambiguidades ao deixar claro, desde o início, as condições e o valor de retorno. 

A clareza nas regras ajuda a criar um ambiente de confiança, onde os jogadores podem verificar facilmente se seus ganhos foram calculados corretamente, minimizando a possibilidade de manipulação dos resultados ou fraudes envolvendo apostas de valor variável. 

2. Regulamentação rigorosa para prevenir fraudes 

A exploração das apostas de quota fixa é regulada pelo Ministério da Fazenda, sem limites para a concessão de autorizações. Contudo, essa abertura vem acompanhada de um regime de fiscalização rigoroso. A regulamentação garante que os operadores estejam sujeitos a controles que impeçam práticas fraudulentas, tanto internas quanto externas. 

O estabelecimento de um ambiente concorrencial, supervisionado por uma autoridade central, reduz a chance de monopólios ou operações clandestinas. Além disso, com a obrigatoriedade de licenciamento e monitoramento constante, as empresas são incentivadas a adotar práticas de segurança, como a implementação de biometria facial para autenticação de apostadores e transações financeiras, evitando fraudes de identidade e lavagem de dinheiro. 

3. Uso responsável das receitas: transparência e controle 

Uma das grandes inovações trazidas pela lei é a destinação de parte das receitas para áreas estratégicas, como educação, segurança pública, esporte e saúde. Isso não apenas reforça o compromisso social das operadoras de apostas, mas também reduz o risco de desvios financeiros e fraudes relacionadas ao uso das verbas arrecadadas. 

A transparência na distribuição das receitas cria uma estrutura de controle mais rígida, garantindo que os recursos gerados pelas apostas sejam devidamente aplicados. Com isso, fraudes envolvendo a manipulação ou o desvio dessas receitas tornam-se mais difíceis de ocorrer, especialmente quando a fiscalização é integrada a tecnologias de auditoria em tempo real. 

 

4. Exploração controlada por Estados e Distrito Federal 

Embora a lei permita que os Estados e o Distrito Federal explorem suas próprias modalidades lotéricas, há limitações territoriais e legais rigorosas. Essas medidas são fundamentais para evitar a sobreposição de jurisdições, o que poderia abrir brechas para fraudes multijurisdicionais. 

Ao definir claramente os limites territoriais e as responsabilidades de cada ente federativo, a lei reduz as chances de confusão jurídica e irregularidades, além de assegurar que a exploração aconteça de forma transparente e dentro das regras estabelecidas. 

 5. Taxa de fiscalização e controle contínuo 

A lei também estabelece uma **taxa de fiscalização mensal**, que é aplicada para cobrir as despesas de manutenção e supervisão das operações de apostas. Esse mecanismo garante que as autoridades tenham os recursos necessários para monitorar o setor continuamente. Além disso, a taxa é ajustada conforme a inflação, garantindo que o sistema de fiscalização não fique defasado ao longo do tempo. 

Essa fiscalização contínua é essencial para identificar fraudes em tempo real, corrigir irregularidades e manter a integridade das apostas. Tecnologias como inteligência artificial e biometria facial podem ser integradas a esses sistemas de monitoramento, oferecendo uma camada extra de segurança, identificando comportamentos suspeitos e mitigando fraudes antes que elas causem danos. 

 A Lei nº 14.790/2023 regula as apostas de quota fixa e também cria um ambiente mais seguro e transparente para os apostadores e operadores. As disposições da lei, combinadas com o uso de tecnologias avançadas, como a biometria facial, reforçam a prevenção de fraudes, garantem o cumprimento de normas regulatórias e oferecem uma experiência de apostas mais confiável. 

Para as empresas que atuam nesse setor, aderir à lei e implementar medidas de segurança como a biometria facial é necessário para prosperar em um mercado competitivo e altamente fiscalizado.  

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